MOFO

Mofo é vida. Em outras palavras, mofo ou bolor são fungos (seres vivos) que se instalam em paredes, móveis, tetos, cortinas, almofadas etc. Seus esporos são carregados pelo ar e, quando encontram um cantinho úmido e abafado, iniciam sua colônia em alegre reprodução.

Uma comunidade de mofo se desenvolve basicamente de três formas, vamos conhecê-las e descobrir como tratá-las na seguinte ordem:

1. Condensação e falta de ventilação
2. Infiltrações ascendentes
3. Infiltrações por vazamentos
4. O que fazer?

Vamos lá?

• Condensação e falta de ventilação – é típica de teto de banheiro, mas pode aparecer em outros lugares com umidade e calor. O vapor do banho sobe, o ambiente não é bem ventilado e a colônia se instala. Também é comum em imóveis localizados em regiões muito úmidas ou que possuem grande variação de temperatura entre a noite e o dia.

• Infiltrações ascendentes – Aparece no pavimento térreo, em geral em casas. É aquela mancha desagradável na base das paredes que começa com algumas bolhas no revestimento e vão se espalhando até um metro acima do piso. Em geral significam que os baldrames (vigas das fundações, é sobre elas que as paredes são erguidas) não foram impermeabilizados antes da construção das paredes. A umidade da terra literalmente sobe pelas paredes que funcionarão como uma esponja. Além do problema estético, essas manchas significam umidade carregada de fungos e ácaros, o que pode ser muito ruim para sua saúde. Em casos extremos a própria alvenaria pode ficar comprometida, pondo em risco  a construção.

• Infiltrações por vazamentos – podem vir de um cano partido, calha entupida, lajes não impermeabilizadas ou mal impermeabilizadas, janelas mal vedadas, etc.

• Então, o que fazer?

Em primeiro lugar, descobrir de onde vem a umidade que proporciona o mofo.

Se o motivo for condensação ou umidade excessiva, devemos procurar arejar o ambiente durante o máximo de tempo possível. Em armários e demais móveis, colocar sachês de sílica, giz escolar ou bicarbonato de sódio para absorver a umidade. Em supermercados, existem desumidificadores em pequenos potinhos para serem colocados em locais estratégicos da casa e absorver a umidade. Em casos mais severos, utilizar desumidificadores elétricos.

Para infiltrações ascendentes, o melhor a fazer é remover todo revestimento das paredes comprometidas, aplicar um impermeabilizante em 3 demãos cruzadas até uma altura mínima de 1,2m e repintar o local. Uma boa dica é olhar para o lado de fora e verificar se o encontro da parede com o piso costuma ficar encharcado com as chuvas ou regas de jardim. Nesse caso, fazer uma proteção com beiral mais largo, toldo ou pavimentar um caminho ao pé da parede para evitar acúmulo de água vai eliminar as infiltrações ascendentes quando o problema não for na fundação.

Já no caso dos vazamentos, antes de mais nada, se deve resolver a origem do problema, o que nem sempre é fácil, especialmente se depende do imóvel vizinho ou do condomínio para colaborar com a solução.

Quando a fonte da encrenca estiver resolvida será o momento de atacar o bolor propriamente dito.

Identifique se a argamassa está integra, dê umas pancadinhas leves com o cabo da colher de pedreiro, se estiver oca, NÃO ESTÁ INTEGRA, portanto deverá ser refeita. Se a situação não foi tão grave e sua argamassa está saudável, você pode fazer uma solução de 1 parte de água e 1 de água sanitária, aplicar com borrifador e deixar secar naturalmente por 24h. Depois lixe e repinte a superfície. Pronto, casa saudável!

Agora que você já sabe de tudo isso, nunca, jamais, de jeito nenhum siga os conselhos daquele pessoal que ensina a ESCONDER paredes úmidas ou mofadas com revestimentos de PVC, EVA ou papel de parede plastificado. Os fungos vão continuar existindo e quando menos se espera, vão brotar de alguma frestinha, a umidade vai descolar o papel plastificado e você vai descobrir que a técnica de “o que os olhos não veem a rinite não sente”, só serve para jogar dinheiro fora. Resolva o problema e depois aplique o revestimento.

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